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Fibrilação Atrial: Tratar e compreender não é um bicho de sete cabeças
- 20 de Junho, 2025

Você já ouviu falar em Fibrilação Atrial (FA)? Esse nome pode soar complexo, mas compreender essa arritmia cardíaca é crucial para a sua saúde, especialmente para o seu coração. A Fibrilação Atrial é a alteração do ritmo cardíaco mais comum, onde o coração bate de forma irregular e, muitas vezes, acelerada, em vez de um ritmo coordenado.
Esse descompasso pode causar sintomas de Fibrilação Atrial como palpitações, cansaço, tontura, falta de ar e, em alguns casos, até desmaios. No entanto, é importante notar que nem todos os pacientes apresentam sintomas, o que torna o diagnóstico de Fibrilação Atrial muitas vezes incidental, descoberto em consultas de rotina ou exames cardiológicos.
Causas da Fibrilação Atrial: Fatores de Risco
A FA pode ser desencadeada por diversos fatores. Conhecer as causas da Fibrilação Atrial é o primeiro passo para a prevenção e o tratamento:
- Hipertensão arterial (pressão alta)
- Doença das válvulas cardíacas
- Insuficiência cardíaca
- Apneia do sono
- Disfunções da tireoide
- Consumo excessivo de álcool
- Idade avançada
- Estresse emocional
- Histórico familiar
Esses fatores aumentam a probabilidade de o coração desenvolver uma atividade elétrica desorganizada, dando origem à arritmia.
Classificação da Fibrilação Atrial: Tipos e Características
A FA pode se manifestar de diferentes formas. Entender a classificação da Fibrilação Atrial é fundamental para definir a melhor abordagem terapêutica:
- Fibrilação Atrial Paroxística: Caracterizada por crises que se iniciam e terminam espontaneamente, geralmente em até 7 dias. Muitas vezes, o eletrocardiograma (ECG) fora da crise parece normal. Se não tratada, pode se tornar mais frequente.
- Fibrilação Atrial Persistente: A arritmia não se resolve sozinha. O coração permanece fibrilando continuamente, exigindo tratamento (como medicamentos ou cardioversão elétrica) para tentar restaurar o ritmo normal. Os sintomas tendem a ser mais constantes.
- Fibrilação Atrial Persistente de Longa Duração: Quando a arritmia já dura mais de um ano sem reversão para o ritmo normal. O tratamento é mais desafiador, mas ainda pode ser eficaz em muitos casos.
- Fibrilação Atrial Permanente: O ritmo cardíaco irregular torna-se definitivo. Médico e paciente optam por não tentar mais reverter a arritmia, focando no controle dos batimentos e na prevenção de complicações da Fibrilação Atrial.
⚠️ Importante: O objetivo do tratamento da Fibrilação Atrial é recuperar o ritmo sinusal (ritmo normal do coração) antes que a FA se torne permanente. Isso melhora os sintomas e previne problemas a longo prazo.
Riscos da Fibrilação Atrial: Por Que a Atenção é Essencial
Mesmo que alguns pacientes apresentem poucos sintomas de arritmia, a Fibrilação Atrial nunca deve ser ignorada devido aos seus potenciais riscos. Entre as principais complicações da Fibrilação Atrial, destacam-se:
- AVC (Acidente Vascular Cerebral): O batimento desorganizado do coração favorece a formação de coágulos sanguíneos que podem se soltar e atingir o cérebro, causando um AVC. Por isso, muitos pacientes com FA precisam usar anticoagulantes para Fibrilação Atrial.
- Insuficiência Cardíaca: A longo prazo, a arritmia pode comprometer a função do coração, levando à insuficiência cardíaca, onde o coração perde a capacidade de bombear o sangue adequadamente.
Diagnóstico e Tratamento da Fibrilação Atrial: O Que Esperar
O diagnóstico da Fibrilação Atrial pode ser simples e rápido, incluindo:
- Eletrocardiograma (ECG): Registra a atividade elétrica do coração.
- Holter de 24h: Monitora o ritmo cardíaco ao longo do dia, ideal para sintomas intermitentes.
- Ecocardiograma: Avalia a estrutura e função do coração.
- Exames laboratoriais, especialmente da tireoide.
Se você apresenta sintomas de arritmia ou fatores de risco, procure um cardiologista especialista em arritmia no Rio de Janeiro para uma avaliação completa.
O tratamento da Fibrilação Atrial é individualizado e depende do tipo de FA, dos sintomas e da saúde geral do paciente. As opções incluem:
- Medicamentos para controle da frequência cardíaca
- Medicamentos para manter o ritmo normal
- Anticoagulantes, para prevenir AVC
- Cardioversão elétrica (choque controlado para restaurar o ritmo)
- Ablação por cateter
Ablação por Cateter para Fibrilação Atrial: Uma Solução Eficaz
Nos últimos anos, a ablação por cateter tem se destacado no tratamento da Fibrilação Atrial, principalmente nas formas paroxísticas ou em pacientes sintomáticos. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo que identifica e “desliga” os focos elétricos anormais no coração.
Estudos demonstram que a ablação para Fibrilação Atrial pode:
- Melhorar a qualidade de vida do paciente
- Reduzir a necessidade de medicação a longo prazo
- Diminuir o risco de progressão da doença
Quanto mais cedo a ablação por cateter for considerada, maiores são as chances de sucesso no controle da arritmia.
Cuide do Seu Coração: Procure um Cardiologista Especialista em Arritmia
Se você foi diagnosticado com Fibrilação Atrial ou tem sintomas como palpitações, cansaço ou falta de ar, não ignore esses sinais. O acompanhamento com um cardiologista especialista em arritmia é essencial para proteger sua saúde cardiovascular.
📍 Atendo no Rio de Janeiro, nas regiões de Ipanema e Botafogo.
📞 Para agendamentos ou mais informações sobre tratamento de arritmia no RJ, entre em contato com a clínica ou acesse meu site.
Este texto tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Sempre procure a Dra Poliana para diagnóstico e tratamento adequados de condições cardíacas.

Poliana Stroligo
Sou médica pela UFRJ, com residência em Clínica Médica também pela UFRJ e em Cardiologia pela UERJ. Sou especialista em arritmias cardíacas com foco em síncopes (desmaios), com residência em Eletrofisiologia na UFRJ.
Dra. Poliana Stroligo
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